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Segundo uma reportagem publicada pelo site especializado The Wrap, o Disney+ registrou uma perda de cerca de 700 mil assinantes globais apenas no primeiro trimestre de 2025. O número acende um alerta para a plataforma de streaming da Disney, que nos últimos anos apostou fortemente na expansão de suas principais franquias — como Marvel, Star Wars e Pixar — para manter o crescimento da base de usuários.

A matéria aponta que, apesar do volume expressivo de conteúdos lançados, o excesso de títulos pode ter tido o efeito contrário ao desejado: desgastar o público. Séries e filmes que antes despertavam grande expectativa entre os fãs agora enfrentam recepção morna, e muitas vezes são alvos de críticas pela falta de inovação e pela qualidade abaixo do esperado.

Um produtor veterano de Hollywood, com experiência em franquias de sucesso, falou anonimamente à reportagem e foi direto:
“Considerando que a qualidade da produção da Marvel no Disney+ tem sido incrivelmente medíocre, isso prejudicou toda a marca e diluiu sua criatividade. As pessoas não se importam mais.”

A observação ecoa o sentimento de parte do público e críticos, que têm notado uma queda na consistência narrativa e na originalidade das produções mais recentes da Marvel Studios para o streaming. Títulos como Invasão Secreta e Echo receberam críticas divididas e não conseguiram gerar o engajamento de hits anteriores como WandaVision ou Loki.

Outro fator apontado na reportagem seria a saturação de conteúdos similares. Com múltiplas séries derivadas de universos compartilhados lançadas em curtos intervalos, muitos espectadores teriam se sentido sobrecarregados ou simplesmente desinteressados.

Embora o Disney+ ainda conte com uma base sólida de assinantes ao redor do mundo, a perda registrada representa um desafio estratégico para a empresa. Com concorrentes como Netflix, Amazon Prime Video e a crescente presença da Apple TV+ disputando a atenção do público, a Disney deve repensar suas apostas criativas e buscar renovar a confiança em suas marcas mais valiosas.

Até o momento, a companhia não se pronunciou oficialmente sobre os dados divulgados pela The Wrap.