Um dos maiores ícones da televisão aberta brasileira nos anos 1990, O Grande Dragão Branco pode estar prestes a voltar às telas — desta vez, em uma versão repaginada e produzida pelo cultuado estúdio A24. Segundo o insider Jeff Sneider, a empresa está em negociações para adquirir os direitos do filme, que marcou uma geração com sua mistura de artes marciais, ação desenfreada e carisma europeu de Jean-Claude Van Damme.
Por enquanto, o projeto ainda está em estágio inicial, sem diretor ou elenco confirmados. Mesmo assim, a possibilidade de um remake produzido pela A24 — estúdio conhecido por obras como Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo e Hereditário — já vem despertando curiosidade e entusiasmo entre fãs de cinema e saudosistas da era de ouro das fitas VHS.
Lançado em 1988 e dirigido por Newt Arnold, o filme original acompanha Frank Dux (Van Damme), um soldado americano que deserta do exército para participar do Kumite, um torneio de artes marciais clandestino e extremamente violento realizado em Hong Kong. Em meio aos combates brutais e à tensão constante, Dux vive um romance com a jornalista Janice Kent (Leah Ayres), enquanto é perseguido pelos militares dos Estados Unidos.
O longa ainda conta com nomes como Bolo Yeung Sze (o eterno Chong Li), Donald Gibb, Norman Burton, Forest Whitaker, Roy Chiao, Philip Chan e mais. O Grande Dragão Branco fez tanto sucesso no Brasil que virou referência para a distribuição de outros filmes de Van Damme no país: Cyborg (1989) chegou como Cyborg: O Dragão do Futuro, e Kickboxer (1989) foi lançado como Kickboxer: O Desafio do Dragão.
Em 1996, o filme ganhou uma continuação, O Grande Dragão Branco II, desta vez dirigido por Alan Mehrez. Van Damme retornou ao papel de Frank Dux e contracenou com nomes como Pat Morita (Karatê Kid), Daniel Bernhardt e James Hong.
Caso o remake se concretize, a expectativa é de uma abordagem que misture o respeito à nostalgia com o estilo ousado e autoral característico da A24. Resta saber se o novo filme conseguirá honrar o legado de um clássico que marcou não só o fim dos anos 80, mas também as tardes de muita gente nos anos 90.